Wednesday, April 06, 2005

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Ao contrário das restantes ordens de cavalaria, os Cavaleiros de Santiago sempre tiveram a prerrogativa de poder casar, tornando-se assim indispensável existir um local para recolher as suas viúvas ou filhas solteiras, frequentemente desamparadas em consequencia da sua vida militar arriscada.

Logo depois da conquista de Lisboa, foi doada a esta Ordem a velha casa de Santos-o-Velho, onde se veneravam desde o século IV as relíquias de Veríssimo, Máxima e Júlia, os Santos Mártires que simbolizavam a adesão definitiva de Lisboa ao Credo Cristão. Depois de instalado definitivamente o Mestrado da Ordem em Palmela, no seguimento da conquista de Alcácer do Sal, em 1217, os cavaleiros destinaram a velha casa de Santos-o-Velho para recolhimento das viúvas e filhas solteiras, então local apropriado dada a sua distância de Lisboa, garantindo por isso o sossego necessário às damas recolhidas.



Em 1490, as Comendadeiras, sob a proteção do Rei D. João II, sendo Comendadeira-mor D. Ana de Mendonça, mãe de D. Jorge, Duque de Coimbra, o filho natural do Rei e futuro Mestre de Santiago, cargo em que sucedeu a seu Pai, transferiram-se do edifício que ocupavam em Santos-o-Velho, para um local na Freguesia de Santa Engrácia, onde se ergue hoje o Recolhimento Lázaro Leitão, levando com elas em solene procissão as relíquias dos Santos Mártires, razão pela qual a sua nova casa se chamou de Santos-o-Novo. Quanto ao abandonado Santos-o-Velho, a sua Igreja foi destinada a nova freguesia da zona ocidental e as instalações foram aproveitadas para Paço Real e, depois, residência de um ramo dos Lancastre, comendadores-mores de Avis, descendentes do referido D. Jorge, e, mais tarde, marqueses de Abrantes. É hoje a embaixada de França.














A sala da música













Os azulejos de Vieira da Silva na pequena capela interior.







Um tecto com a forma de uma pirâmide e completamente revestido de pratos de faiança azul e branca.












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